As relações entre o prefeito Marcelo Crivella (PRB) e a Câmara do Rio estão mais desfiadas que saia de melindrosa.
Desde que Crivella resolveu dar cada vez mais poderes ao supersecretário de Infraestrutura e Habitação, Sebastião Bruno, passou também a descumprir os acordos que tinha com os vereadores — até com alguns dos mais influentes da Casa.
Desregulados
Os primeiros a sentirem os efeitos da nova fase foram Júnior da Lucinha (MDB), Luiz Carlos Ramos Filho (Podemos) e Felipe Michel (PSDB).
Eles viram dispersar o trabalho de regularização fundiária que tinham implantado em conjunto com o Executivo.
Sem aviso
Depois, foi a vez de Thiago K. Ribeiro (MDB) e do poderoso presidente da Casa, Jorge Felippe (MDB), descobrirem, pelo Diário Oficial, a exoneração de seus indicados — sem um só telefonema comunicando a decisão.
Os moços ficaram chateados com a descortesia.
Desafinados
A Câmara, sempre tão gentil com o prefeito Marcelo Crivella (PRB), pode mudar o andamento do samba.
Os vereadores planejam derrubar o veto ao projeto de Carlos Eduardo (SD) que obriga a prefeitura a pedir autorização do Legislativo cada vez que pensar em vender qualquer imóvel.
E Jorge Felippe (MDB) já mandou as comissões darem andamento ao projeto de emenda à Lei Orgânica que implanta o orçamento impositivo — o que obrigaria o prefeito a respeitar os pitacos dos nobres no planejamento de gastos do Executivo.
Poder
Para a emenda à Lei Orgânica, é preciso 34 dos 51 votos. Se Felippe conseguir, é melhor Crivella pôr as barbas de molho.
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